Ganso, o craque de supermercado.

Na Copa América o time não criou?!  Ué…

Mas não tinhamos agora o “organizador”… o “pensador”… segundo os experts de perna fina da midia ? ….

Não era o … “Ganso”  ?  Ué…

Então… cadê nosso meio-campo?

Já vivi futebol demais para ser enganado pelos meus ex-coleguinhas da midia…

O “gênio” Ganso travou a nossa criação, isso sim. Foi ali, principalmente, que a coisa não funcionou.

Para ser craque o jogador precisa ter talento, mas principalmente personalidade.

De jogadores habilidosos a várzea está cheia.

Dando um exemplo de jogador grosso mas que se mantém às custas exclusivamente da personalidade: Lugano.

Tá lá na semifinal, o Lugano. Com o Dunga era assim, também. Grossão, mas… vai ganhar dele pra ver…

Já o “Ganso”  tem futebol de craque e infelizmente uma personalidade de … ganso, mesmo…

Fazer uma seleção brasileira jogar em torno de um sanguessuga desses… pelo amor de Deus…

pensei que esse Mano era um pouquinho mais do ramo. Mas enfim, quer agradar a midia… Dá nisso.

No Santos, o “Ganso” vive de um “samba de uma nota só” chamado Neymar.

Mas contra o Naviraiense e o Monte Azul sempre sobra espaço pra ele dar um toquinho legal…um taquito…

Poxa… Sacanagem os venezuelanos e paraguaios não deixarem espaço… Será que italianos e holandeses deixam….?!

Esse “cracáasso” já tava no bico-do-corvo no Santos quando Neymar surgiu arrebentando. Luxemburgo já tinha desistido dele.

Só para lembrar: Neymar tem apenas 19 anos mal completados. Ganso tem 22.

Quando tinha 18 para 19 foi vendido pro Sondas numa “cesta” de jogadores, num total de 5, incluindo Wésley, André e outros.

Ou seja: é um craque de supermercado. O próprio Santos demonstrou.

Me pergunta se fizeram isso com o Neymar…? … Esse, quando tinha 15 já tava blindado. Estranha diferença, não?

E está se revelando aí o nosso “camisa 10″… em 4 partidas na Copa América (…Venezuela… Equador…) não rendeu porra nenhuma.

Esse “Bonecão de Olinda” paradão, com seus “taquitos”, enquanto o neguinho Ramires corria por três.

Ganso não se mexe em campo . É sanguessuga.

Veja se o Barcelona tem alguém paradão assim. O gênio do time corre feito louco e não pára em campo.

Esse tipo de camisa 10 aí já não tem espaço no futebol competitivo há uns vinte anos. Já não bastava o Giovanni ?

Os europeus estão adorando.

Acorda, Brasil…..

Afinal, o que a ditadura tem a ver com o Ganso?

Parece que a sina de brasileiros de minha idade que – como eu – não se conformam com imposições ridículas, é ter que brigar contra ditaduras.

Na infância, uma coisa que incomodava dentro de casa (como em qualquer casa de classe média) era ouvir um “psiuuuu!!” cada vez que se contava uma piada de milico, fosse a patente do infeliz general, major ou soldado raso. Humor… crítica? Perigo à vista!

Costumo dizer que “depois do autoritarismo vem… a falta de autoridade”.

Ou seja, o vácuo deixado pela falta de lideranças e a tentativa desesperada de redescoberta de uma identidade perdida.Triste período. O Brasil vive isso ainda, passados mais de vinte anos do fim da “Redentora” era em que os cabides de medalha governavam com pulso de ferro.

Isso vale tanto para um país que vive durante anos sobre regime de exceção quanto para uma família que tem um pai-carrasco ou muito disciplinador e se vê de repente sem sua presença, por morte, por exemplo (coisa mais comum no passado, mas fica o registro…)

O que se segue ao final de uma jornada de imposição de regras a fórceps é uma tentativa de rever tudo.

Uma Constituição, por exemplo, como aconteceu no Brasil pós-ditadura, desembocando na malfadada Constituinte de 1988 que produziu um verdadeiro Alcorão de meia dúzia de compêndios que reza até sobre como as pessoas devem andar na calçada. E mais remendada que calça de mendigo.

Tudo isso para dizer o seguinte: não me conformo com o poder que a midia adquiriu de alguns anos para cá (nesse vácuo) e a imposição geral de uma onda politicamente correta e de gente que acha que liberdade de expressão é travar a já caotica Avenida Paulista com quarenta ou cinquenta pessoas que acham “no direito”, para pedir aumento de salário para condutores de ambulância, por exemplo.

Ir contra coisas desse gênero é ser “autoritario”. Bem como fumar virou crime de lesa-pátria e novela deve nos fazer crer que cerca de 70% da população é homossexual. Por aí.

Então só para terminar, vou renovar um grito de liberdade falando de futebol.

Atenção, rapaziada que não é do ramo, como 90% da midia futebolística (eu fui, das duas), pode espernear à vontade, mas tenho de dizer a dolorosa verdade e abrir vossos olhos, contra tudo e contra todos: ao contrário de Neymar, o Ganso é apenas um bom jogador, não é craque estratosférico.

Vai por mim, embora a nova ditadura da midia faça o nome dele ser mais referência no Google do que Barack Obama.

O que fez surgir (via Milton Neves e alhures) essa “pataquada” de que Ganso é, assim, um “Gerson” ou um “Didi”, é uma nostalgia e uma eterna busca infrutífera de um “cérebro” camisa 10 à moda antiga. E isso pegou.

Nos blogs do meu time (São Paulo) a garotada está lá “postando” há uns cinco anos: “diretoria, cadê nosso camisa 10?! Cadê o cérebro?”… tsk, tsk… vejam o Barcelona jogar e me diga quem é o cérebro: Xavi, Iniesta, Messi… ou todo mundo jogando junto?

Não existe mais isso. E definitivamente Ganso – embora um estilista – não tem personalidade para comandar time nenhum. É coadjuvante de Neymar.

Se não sucumbir, nesta “Era das Celebridades” que vivemos, o Neymar poderá brilhar em qualquer time do mundo e fazer outros aparecerem como craques, como fez com o centroavante André (cadê?), o meia Wéslei (onde?).

Já a  ave em questão, o tal “Ganso”, continua brilhando graças às deslocações inteligentíssimas e limpadas desconcertantes do “moicano”. Tire-o desse time e coloque-no no Milan ou Inter (estou escrevendo): terá séria tendência a desaparecer. Para os santistas irados dou aqui o exemplo do “Deus” Giovanni. Barcelona lhe deu adeus.

Para ilustrar o “Ganso”: pegue como pequeno exemplo a recente final SantosXPeñarol – jogo apertadíssimo – e reveja um dos lances finais (e tente imaginar numa final de Copa do Mundo…):  Neymar driblando todo mundo e dando a bola limpa (sem goleiro!) para o Ganso chutar debaixo das traves em direção… à balisa de escanteio. Foi isso que aconteceu.

Para quem se lembra friamente do lance e pretende entender minha tese sobre a ditadura da midia: o centroavante “Zé Love” ainda tentou desviar a trajetória da bola (impossível, pela curtíssima distância do gol), resvalando de cabeça numa tentativa infrutífera.

Pois bem…Estava assistindo o jogo pela TV com meu filho – que já conhecia, mas ainda desconfiava da tese – e ele olhou para mim, só então conformado com a opinião, ao ver o comentário totalmente sem graça e sem convicção do Caio, que não quer ir contra a maré…:

– Poxa… o Zé Love perdeu o gol !!

Chega de ditadura, gente. Nunguento mais!!!